Embora o Brasil seja um país de dimensões continentais, pudemos constatar que a evolução da expansão de L. fortunei adquire proporções preocupantes.
Por um lado, as características desta espécie prolífica, capaz de se aclimatar em condições físicas e químicas das condições da água, muito melhor do que D. polymorpha. Por outro lado, as 9 redes fluviais brasileiras ou hidrovias (27.420 km navegáveis e 15.407 km potenciais) e seu importante tráfego fluvial (2.933 embarcações de todos os tipos e tamanhos) segundo a ANTAQ, proporcionam um cenário imbatível para a expansão da praga todo o território brasileiro. |
Nos 42.827,5 kms. de hidrovias no Brasil, 2.933 embarcações de todos os tipos passam. Além de transportar mercadorias e passageiros, milhares de adultos de L. fortunei também viajam nesses barcos, fixados em seus cascos. |
Na imagem ao lado, podemos observar a situação da colonização, embora devamos aceitar que a progressão seja de 5% de crescimento anual.
Na imagem abaixo observamos a adesão de bivalves nos barcos. Um tratamento com incrustantes inofensivos (não biocidas), nos cascos desses barcos, poderia reduzir o avanço para outros espaços aquáticos. Atualmente utilizamos tratamentos a longo prazo (5 anos), com inibidores de cerâmica. Estes tratamentos são considerados os mais eficientes no mercado, não só previnem a incrustação, mas protegem estas superfícies de outras colonizações e produzem uma melhoria notável na velocidade de deslocamento dos navios |